sábado, 30 de agosto de 2008

A GRANDE INCÓGNITA


A grande incógnita
Por Pedro J. Bondaczuk
A vida pode ser comparada a um caminho de sombras e luzes, cuja extensão desconhecemos e que nos conduz a um destino ignorado. É como essas trilhas perdidas num bosque, que são mais escuras nos trechos em que há grande concentração de árvores e totalmente iluminadas pelo sol naqueles em que não há planta nenhuma, a não ser um verde gramado de se perder de vista.
Caracteriza-se, sobretudo, pelo imprevisto, bom ou ruim, para os quais temos que estar sempre atentos. No primeiro caso, para usufruirmos, com alegria e encantamento. No segundo, para nos prevenirmos e evitarmos os buracos, pedras e espinhos que venham a atrapalhar nossos passos, quando não nos derrubar e nos ferir.
É nessa imprevisibilidade que reside o grande encanto da vida.. Quanto à sua extensão e destino... não devemos nos preocupar. Por que não? Porque é inútil. Porque estes são fatores nos quais não temos a menor condição de interferir e modificar.
Entre as inúmeras incertezas que temos, em relação ao universo, uma certeza se destaca, soberana e imutável: a de que o planeta que habitamos, um dia, terá fim. Não sabemos quando isso irá ocorrer, mas conhecemos “como” acontecerá. Quando o sol consumir todo seu combustível, irá se expandir, de tal sorte, que reduzirá a cinzas os planetas que o orbitam, entre os quais, o nosso, claro.
Depois, explodirá, como monstruosa bomba de hidrogênio e se contrairá, até se tornar uma anã branca. Por mais que essa estrela tenha existido, exista e venha a existir, será um tempo ínfimo, em relação à eternidade. E qual será o destino do homem?
Estará fadado à extinção, num piscar de olhos, assim como um dia começou a existir? Conquistará outro planeta, de uma outra estrela, e dará continuidade à vida? Isso, ninguém sabe, embora possa intuir. Mesmo sem o homem, porém, o universo seguirá em seu curso eterno, rumo a um destino que nossa mente jamais alcançará saber qual seja.
Não sabemos, portanto, além da duração e destino da vida e do tempo exato em que a Terra continuará a existir, se a nossa espécie irá se extinguir ou se, com sua engenhosidade e inteligência, saberá prover alguma forma de sobrevivência. Nenhuma dessas questões, porém, se constitui na grande incógnita, sobre a qual devamos nos debruçar para esclarecer.
A pergunta fundamental, que deveria ser nossa preocupação constante, é, aparentemente, mais simples, e foi feita em uma entrevista, concedida na década de 70 à extinta revista “Visão”, por Eugéne Ionesco, um dos maiores patafísicos e dramaturgos do teatro do absurdo: “Por que não nos amamos?
”Pois é. Por que? O próprio escritor romeno acrescenta: “Para isso (para nos amarmos) não há necessidade de grandes homens e de grandes doutrinas”. Não há mesmo. Ionesco, para justificar essa afirmação, lembra que essa mesma pergunta foi feita pelo principal personagem de Fedor Dostoievski, no romance “O idiota”, “em sua lúcida ingenuidade”.
Se todos estamos no mesmo barco (e estamos), se ninguém consegue sobreviver por muito tempo sozinho, se para os mínimos atos da vida dependemos uns dos outros, convenhamos, é uma extrema estupidez o fato de não nos amarmos. Mas não nos amamos, em sentido genérico. Competimos uns com os outros, os fortes subjugam e se aproveitam dos mais fracos (não somente no aspecto físico, mas no mental, psicológico, econômico e social) e em raras ocasiões conseguimos nos entender, o mínimo que seja.
Confesso que, por muito tempo, fiquei com um pé atrás em relação a Eugène Ionesco (que, apesar de romeno de nascimento, tinha fortes vínculos com a França, já que sua mãe era francesa e ele passou a maior parte da sua vida nesse país). Conhecia, dele, apenas sua principal peça, “A cantora careca”, encenada pela primeira vez em 11 de maio de 1950, no Teatro dos Noctambules, em Paris, e que originou o movimento conhecido como Teatro do Absurdo. Detestei!
Não atentei, a princípio, para a sua proposta. Achava-a maluca demais para os meus padrões estéticos e culturais de então. Ao assistir outras encenações desse mesmo trabalho, porém, aos poucos foi compreendendo suas idéias (e concordando com elas). Ionesco mostrou, sobretudo, humildade nas entrevistas que concedeu. Confessou, por exemplo, que na criação do Teatro do Absurdo, ou “anti-teatro” – que propunha a volta às origens das artes cênicas, ou seja, um teatro puro, despojado de convenções, cruelmente poético, casual e sumamente imaginativo – foi influenciado por Franz Kafka e pelo poeta e dramaturgo francês Alfred Jarry, conhecido por suas peças hilariantes e insólitos poemas.
Li, posteriormente, alguns ensaios seus e achei-os lúcidos e equilibrados, assim como os cinco romances que publicou. Vibrei, pois, quando soube que Eugène Ionesco foi eleito para a seletíssima e badalada Academia Francesa, em 1970. Foi quando passei a refletir com assiduidade sobre essa que ele classificou como a “grande incógnita humana”: “Por que não nos amamos?”. Sim, leitor, por que? Você teria uma única resposta objetiva que, em pouquíssimas palavras, desse uma, e só uma justificativa lógica para tamanha omissão? Eu, da minha parte, confesso, humildemente: não tenho!.
Pedro J. Bondaczuk é jornalista e escritor, autor do livro “Por Uma Nova Utopia”
Foto:By:Nasa.
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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

PARA REFLETIR XII

PARA REFLETIR!
Seria maravilhoso não ter que encontrar dificuldades ,

no entanto da mesma forma que os exames
estimulam os estudos de uma pessoa ,
sem as dificuldades não pode haver
progresso nem desenvolvimento.
Não agir pelo bem é o mesmo que corresponder ao mal .
Não avançar é o mesmo que retroceder.
Fugir perante a luta é o mesmo que abandonar a fé.
“O desespero é o refúgio dos tolos” assim diz o ditado.
Enquanto mantiverem a esperança,
enquanto empreenderam ações corajosas para lutar,
podem estar certos de que a primavera irá chegar novamente.
Um provérbio Russo diz:
“Não existe inverno no reino da Esperança"
Autor: Daisaku Ikeda
Fonte:Soror MARA - Do Orkut Buscadora da Luz Maior-.

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segunda-feira, 25 de agosto de 2008

ENQUANTO OS VENTOS SOPRAM

ENQUANTO OS VENTOS SOPRAM

Conta-se que, há muito tempo, um fazendeiro possuía muitas terras ao longo do litoral do Atlântico.

Horrorosas tempestades varriam aquela região extensa, fazendo estragos nas construções e nas plantações.
Por esse motivo, o rico fazendeiro estava, constantemente, a braços com o problema de falta de empregados. A maioria das pessoas estava pouco disposta a trabalhar naquela localidade.
As recusas eram muitas, a cada tentativa de conseguir novos auxiliares.
Finalmente, um homem baixo e magro, de meia-idade, se apresentou.
Você é um bom lavrador? Perguntou o fazendeiro.
Bom, respondeu o pequeno homem, eu posso dormir enquanto os ventos sopram.
Embora confuso com a resposta, o fazendeiro, desesperado por ajuda, o empregou.
O pequeno homem trabalhou bem ao redor da fazenda, mantendo-se ocupado do alvorecer ao anoitecer.
O fazendeiro deu um suspiro de alívio, satisfeito com o trabalho do homem.
Então, numa noite, o vento uivou ruidosamente, anunciando que sua passagem pelas propriedades seria arrasadora.
O fazendeiro pulou da cama, agarrou um lampião e correu até o alojamento dos empregados.
O pequeno homem dormia serenamente. O patrão o sacudiu e gritou:
Levante depressa! Uma tempestade está chegando. Vá amarrar as coisas antes que sejam arrastadas.
O empregado se virou na cama e calmo, mas firme, disse:
Não, senhor. Eu não vou me levantar. Eu lhe falei: posso dormir enquanto os ventos sopram.
A resposta enfureceu o empregador. Não estivesse tão desesperado com a tempestade que se aproximava, ele despediria naquela hora o mau funcionário.
Apressou-se a sair para preparar, ele mesmo, o terreno para a tormenta sempre mais próxima.
Para seu assombro, ele descobriu que todos os montes de feno tinham sido cobertos com lonas firmemente presas ao solo.
As vacas estavam bem protegidas no celeiro, os frangos estavam nos viveiros e todas as portas muito bem trancadas.
As janelas estavam bem fechadas e seguras. Tudo estava amarrado. Nada poderia ser arrastado.
Então, o fazendeiro entendeu o que seu empregado quis dizer. Retornou ele mesmo para sua cama para também dormir, enquanto o vento soprava.
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Se os ventos gélidos da morte lhe viessem, hoje, arrebatar um ser querido, você estaria preparado?

Se reveses financeiros, instabilidade econômica levassem seus bens de rompante, você estaria preparado?
A religião que professamos, a fé que abraçamos devem nos preparar o Espírito, a mente e o corpo para os momentos de solidão, pranto e dor.
Enquanto o dia sorri, faz sol em sua vida, fortifique-se, prepare-se de tal forma que, ao chegarem as tsunamis, soprarem os ventos e a borrasca lhe castigar, você continue firme, sereno.
Pense nisso e comece hoje a sua preparação.

Redação do Momento Espírita com base em história de autoria desconhecida.Em 25.08.2008.

Texto publicado conforme autorização por escrito do M.E.
Foto:By:Vivi Xavier.da Tematica.Um fds.em Paraty.Todos os Direitos Reservados.
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domingo, 24 de agosto de 2008

AS DUAS FACES DA MOEDA


AS DUAS FACES DA MOEDA

Você sabe quem é esse senhor capaz de provocar tantas alterações na vida de algumas pessoas que com ele tomam contato mais estreito?
Pois bem, vamos dar algumas dicas.
Ele é capaz de mudar completamente a filosofia de vida de alguém.
Faz com que um homem inverta totalmente sua postura perante as demais pessoas.
Quando ele chega, para alguns, muda-lhes a maneira de ser, de sentir, de pensar.
Há pessoas que, quando o recebem, se tornam arrogantes, prepotentes, despóticas.
Há, ainda, aqueles que se tornam, de bom grado, seus escravos.
Noutros ele altera radicalmente o senso de justiça.
Pessoas simples, aparentemente humildes, tornam-se soberbas e orgulhosas, ao seu contato.
Esse senhor é realmente muito poderoso.
Consegue, mesmo, fazer com que o mundo gire em torno dele.
Guerras cruéis, disputas sangrentas, infanticídios, homicídios de toda ordem são cometidos em sua honra.
Filhos se voltam contra pais, pais contra filhos, irmão contra irmão, por causa dele.
Ele é capaz de triturar os mais sagrados laços de amizade e de solidariedade.
Em cada país veste-se com roupagem diferente e atende sob diversas denominações, mas em todo lugar tem seus adoradores.
Você já deve ter concluído: mas então esse senhor é muito mau e deve ser banido da face da terra.
Não, ele não é mau e nem deve ser banido da face da terra.
Ele apenas deverá servir ao fim a que se destina: meio de progresso.
Aqueles que entendem o seu verdadeiro objetivo, o utilizam para promover a paz, a cultura, o bem-estar social.
Nas mãos de pessoas nobres, ele tem gerado empregos, permitido pesquisas científicas importantes, impulsionado a tecnologia, fomentado a educação e a saúde de muita gente.
E agora, você já sabe quem é esse inquietante senhor?
Sim, é isso mesmo. É o dinheiro.
O dinheiro, por si só, é neutro. O que faz a diferença, é o valor que cada um de nós lhe atribui.
Sem dúvida, é um valioso recurso que Deus deposita nas mãos do homem para servir de alavanca ao progresso da humanidade. E não há nada de errado possuí-lo em abundância.
O que ocorre é que, às vezes, o colocamos acima do verdadeiro tesouro do criador, que é o ser humano.
Salvo as honrosas exceções, o homem, que deveria ser o senhor, a ele se submete totalmente, tornando-se escravo por opção.
Dispõe-se a servi-lo a qualquer custo. E muitas vezes esse custo é a honra, a dignidade, a fidelidade, a sensatez e até a própria vida.
O homem verdadeiramente sábio faz dos recursos financeiros um meio de progresso para si mesmo e para todos aqueles que Deus lhe coloca sob a responsabilidade.
Já o homem medíocre faz-se mesquinho e arrogante, negando até mesmo a existência de Deus e elegendo o dinheiro como o todo poderoso, ao qual reverencia.
Assim, o dinheiro é, sem contestação, um excelente recurso, mas, como toda moeda, tem duas faces.
Uma é a face que permite a conquista do passaporte para a liberdade, a outra serve para adquirir cadeias de sofrimentos para muitos séculos.
Como usar esse recurso, é apenas uma questão de escolha.
Pense nisso!
Se você está triste porque lhe faltam os mínimos recursos financeiros, considere que talvez seu crédito no Banco Celeste não esteja muito bom.
E se você tem dinheiro sobrando, lembre-se sempre de que é apenas um empréstimo que o Criador lhe concede para fomentar o progresso geral.
Pensemos nisso!
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.
Texto publicado conforme autorização por escrito do M.E.
Foto:By:Jcduarte98. Todos os Direitos Reservados.
LISON.F.R.C.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

A GRAVE PROBLEMÁTICA DA CORRUPÇÃO



A GRAVE PROBLEMÁTICA DA CORRUPÇÃO
Conforme o dicionário, corrupção é adulterar, corromper, estragar, viciar-se.
Nos dias em que vivemos, muito se tem falado a respeito da corrupção. E, quase sempre, direcionando as setas para os poderes públicos.
Pensamos que corrupção esteja intimamente ligada aos que exercem o poder público.
Ledo engano. Está de tal forma disseminada entre nós, que, com certeza, muito poucos nela não estejamos enquadrados.
Vejamos alguns exemplos.
Quando produzimos algo com qualificação inferior, para auferir maiores lucros, e vendemos como de qualidade superior, estamos sendo corruptos.
Quando adquirimos uma propriedade e, ao procedermos a escrituração, adulteramos o valor, a fim de pagar menos impostos, estamos disseminando corrupção.
Ao burlarmos o fisco, não pedindo ou não emitindo nota fiscal, estamos nos permitindo a corrupção.
Isso tem sido comum, não é mesmo? É como se houvesse, entre todos, um contrato secretamente assinado no sentido de eu faço, todos fazem e ninguém conta para ninguém.
Com a desculpa de protegermos pessoas que poderão vir a perder seus empregos, não denunciamos atos lesivos a organizações que desejam ser sérias.
Atos como o do funcionário que se oferece para fazer, em seus dias de folga, o mesmo serviço, a preço menor, do que aquele que a empresa a que está vinculado estabelece.
Ou daquele que orienta o cliente, no próprio balcão, entregando cartões de visita, a buscar produto de melhor qualidade e melhor preço, segundo ele, em loja de seu parente ou conhecido.
Esquece que tem seu salário pago pelos donos da empresa para quem deveria estar trabalhando, de verdade.
Desviando clientes, está desviando a finalidade da sua atividade, configurando corrupção.
Corrupção é sermos pagos para trabalhar oito horas e chegarmos atrasados, ou sairmos antes, pedindo que colegas passem o nosso cartão pelo relógio eletrônico.
É conseguir atestados falsos, de profissionais igualmente corruptos, para justificar nossa ausência do local de trabalho, em dias que antecedem feriados.
Desvio de finalidade: deveríamos estar trabalhando, mas vamos viajar ou passear.
É promovermos a quebra ou avaria de algum equipamento na empresa, a fim de termos algumas horas de folga.
É mentirmos perante as autoridades, desejando favorecer a uns e outros em processos litigiosos. Naturalmente, para ser agradáveis a ditos amigos que, dizem, quando precisarmos, farão o mesmo por nós.
Corrupção é aplaudir nosso filho que nos apresenta notas altas nas matérias, mesmo sabendo que ele as adquiriu à custa de desavergonhada cola.
E que dizer dos que nos oferecemos para fazer prova no lugar do outro? Ou realizar toda a pesquisa que a ele caberia fazer?
Sério, não?
Assim, a partir de agora, passemos a examinar com mais vagar tudo que fazemos.
Mesmo porque, nossos filhos têm os olhos postos sobre nós e nossos exemplos sempre falarão mais alto do que nossas palavras.
Desejamos, acaso, que a situação que vivemos em nosso país tenha prosseguimento?
Ou almejamos uma nação forte, unida pelo bem, disposta a trabalhar para progredir, crescer em intelecto e moralidade?
Em nossas mãos, repousa a decisão.
Se desejarmos, podemos iniciar a poda da corrupção hoje mesmo, agora.
E se acreditamos que somente um de nós fazendo, tudo continuará igual, não é verdade. Os exemplos arrastam.
Se começarmos a campanha da honestidade, da integridade, logo mais os corruptos sentirão vergonha.
Receberão admoestações e punições, em vez de aplausos.
E, convenhamos, se não houver quem aceite a corrupção, ela morrerá por si mesma.
Pensemos nisso. E não percamos tempo.
Equipe de Redação do Momento Espírita.
MHM.30.09.2006.
Texto publicado conforme autorização por escrito do M.E.
Foto:By:Newton Calegari.Todos os Direitos Reservados.
LISON.F.R.C.

PEDIDOS DA INFÂNCIA (OS)


PEDIDOS DA INFÂNCIA (OS)
O mundo adulto é, por vezes, sombrio. Envoltos na capa das preocupações, os homens se permitem a depressão, o estresse, o cansaço da vida.


Nesse ritmo, os dias se sucedem aos dias, enquanto o entusiasmo fica depauperado e as horas se arrastam, pesadas.

Há quem, tendo vencido uma etapa maior de anos, se mostre totalmente em desalento, com a certeza de que dias melhores não virão jamais.

E dizem: Ainda bem que não tenho mais tantos anos para viver. Ainda bem que não verei os anos futuros. Pobres de meus netos que terão que agüentar isso tudo!

Ao lado desses que já desistiram de viver, apenas sobrevivendo a cada dia, existe uma outra classe de pessoas bem diferente.

Essa é entusiasta, alegre e tem a certeza absoluta de que o céu é azul, os sonhos são cor-de-rosa e o mundo é uma rica promessa de venturas.

Essa classe é composta pelas crianças das mais variadas idades. Desde os bebês, que estão descobrindo o mundo e que riem por tudo e por nada.

Riem porque o cachorro lhes lambe o rosto; porque o brinquedo caiu e fez um barulho esquisito; porque alguém lhes faz cócegas.

Essa classe sabe viver cada dia com intensidade.

Quando vai a uma festa, não se importa com a roupa, nem com o que será servido.

O que deseja é estar com os amigos e brincar. Amigos que podem ser de longa data. Amigos que pode fazer na hora, simplesmente a partir de um convite tentador: Quer brincar comigo?

Ao final do dia, depois das brincadeiras, das risadas, o estômago diz que é preciso comer.

E todos os que fazem parte dessa privilegiada faixa etária chamada infância vão à mesa. Com gosto e com vontade.
Cachorro-quente, brigadeiro, bolo, suco. Tudo serve para se deliciar.
E todos eles comem com os olhos, com as mãos, antes mesmo de levarem à boca o alimento.
Criança é assim. Faz cada coisa a seu tempo e com prazer. Brinca, come, descobre as mil delícias de viver cada momento.
Essa classe dá lições de vida todos os dias. Não foi por outro motivo que a sabedoria nazarena afirmou que todo aquele que desejasse entrar no Reino dos Céus deveria se assemelhar a um menino.
É porque a infância enfrenta os perigos, os desafios, com a certeza da vitória. Criança não pensa que será um fracasso. Ela joga para ganhar, ela canta para agradar, ela busca a proteção dos braços do amor para se abrigar e se entrega, em totalidade.
Adormece nos braços do aconchego, sem se preocupar se o hotel tem três ou cinco estrelas, se o quarto que lhe foi dado é pequeno ou grande.
E quando se entrega ao sono, faz a sua prece: Deus, obrigado pela vida.
Espero que ela tenha mais coisas boas do que ruins. Que todas as crianças tenham pais, que os pais sejam bons e as crianças, felizes.
Que sempre haja bastante brincadeira, festa, desenho animado, sorvete de chocolate e bolo na mesa de todas as crianças.
Agora eu vou dormir, Deus. Quando eu acordar, espero que o Senhor tenha já ouvido e atendido os meus pedidos.
Aprendamos com as crianças.
Redação do Momento Espírita Em 20.08.2008.


Texto publicado conforme autorização por escrito do M.E.

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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

SOMOS CONSTRUTORES DE NÓS MESMOS



SOMOS CONSTRUTORES DE NÓS MESMOS


O pai do menino Blaise Pascal estava acostumado a lidar com números.

Além de ser matemático, trabalhava para o Governo, no setor de cobrança de impostos.

Blaise nasceu em 1623, na França. Aos três anos perdeu a mãe e assim passou a ser criado exclusivamente pelo pai.

Este o apresentou aos estudos muito cedo, porém, deixou de lado a matemática, pois acreditava que esta só deveria ser ensinada ao filho mais tarde.

No entanto, a criança era curiosa, e acompanhando o trabalho do pai à distância, certo dia perguntou: Pai, o que é geometria?

Blaise tinha apenas 6 anos. Seu pai, obviamente, para não deixar o filho sem resposta, explicou, de forma bem sucinta sobre as formas, os ângulos, as medidas...

Algum tempo depois, quando numa visita ao quarto do menino, o pai se espanta ao percebê-lo riscado, de cima a baixo, com carvão, com todos os teoremas da geometria euclidiana.

Aos 19 anos, Pascal inventou a primeira máquina aritmética: um primeiro tipo de máquina de calcular mecânica, que permitia realizar as quatro operações.

Levou 2 anos para produzir o equipamento, trabalhando com artesãos. Seu objetivo era ajudar o pai, em seu trabalho como coletor de impostos.

Transformou-se em respeitado matemático, inventor, filósofo, físico e escritor.

Ao estudar mais a fundo sua vida e obra, não há quem não se encante e admire com tanto conhecimento e desenvolvimento espiritual igualmente.

Uma pergunta então poderíamos trazer para reflexão:

Como se explica Blaise Pascal?

Como se explica uma genialidade que não foi ensinada?

Obviamente que ele se criou num meio propício ao seu desenvolvimento, mas como seria possível uma criança conhecer os princípios fundamentais da geometria, sem nunca antes ter tido contato com eles?

Como explicar Blaise Pascal, ou tantos outros gênios que vieram e ainda vêm à Terra e mostram, claramente, um conhecimento adquirido antes?

Pela genética apenas? Fatores genéticos que propiciaram esta anomalia positiva aleatória?

Sim, aleatória, pois poderíamos perguntar: Por que ele? Qual a razão desse privilégio genético?

Bem, se fôssemos por este campo, as perguntas não terminariam nunca.

Mas podemos ir para uma linha de raciocínio muito mais lógica e simples. Poderíamos falar em preexistência da alma.

Tudo faria mais sentido então: Blaise Pascal, uma alma reencarnada, trazia um conhecimento prévio naquelas áreas específicas.

Blaise Pascal havia construído aquele conhecimento antes, e agora estava sendo apenas herdeiro de si mesmo.

Seria muito mais fácil entender desta forma, entender que somos construtores de nós mesmos ao longo das eras. Somos herdeiros de nós mesmos.

Compreender isso nos traz segurança para a alma.

Faz-nos entender que estamos imersos numa justiça maior, que vamos desvendando ao longo do tempo, mas que jános encanta profundamente.

Somos construtores de nós mesmos, ao longo das eras. Herdamos nossas próprias conquistas. O Universo está do nosso lado.

* * *

São várias as colaborações do Espírito Blaise Pascal com a Codificação Espírita.

Destacamos os seguintes dizeres seus:

Se os homens se amassem com mútuo amor, mais bem praticada seria a caridade. E, logo adiante:

Esforçai-vos por não atentar nos que vos olham com desdém e deixai a Deus o encargo de fazer toda a justiça, a Deus que todos os dias separa, no Seu Reino, o joio do trigo.


Redação do Momento Espírita com base no item 9,
do cap. XVI do livro
O evangelho segundo o espiritismo,
de Allan Kardec, ed. Feb.

Em 15.08.2008.

Texto Publicado conforme autorização por escrito do M.E.
Foto:www.nena.com.br/Todos os Direitos Reservados.
LISON.F.R.C.

sábado, 16 de agosto de 2008

PARA REFLETIR XI

PARA REFLETIR

Meu amigo, o grande mistério não está apenas na vida,
mas em você mesmo.
Mas, só se descobre isso mergulhando na
vastidão do universo interior.
Assim fizeram os sábios de todas as eras e
se realizaram na Consciência Maior.
Eles viajaram pelos planos interiores e
revelaram o divino neles mesmo.
Conhecendo a si mesmos, abraçaram o mundo em silêncio.
Liberados das travas do egoísmo, eles abençoaram a humanidade.
Quietinhos, eles projetavam formas-pensamento virtuosas em favor de todos.
Ah, quantas inspirações superiores chegaram aos homens,
sem que eles soubessem disso...
Quanto amor beijando sutilmente os corações e inspirando a paz...
Em meio ao bulício e à agitação do mundo,
medite nessas presenças serenas.
Apenas feche os olhos, por um tempo,
e pense na Fonte Eterna, luz de todos.
Mais do que a energia, pense na serenidade da consciência;
que ela seja seu guia.
Autor:Wagner Borges.Todos os Direitos Reservados.
Foto:www.nena.com.br/Todos os Direitos Reservados.
LISON.F.R.C.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

A UTOPIA DA ONIPOTÊNCIA

Autor.Dr.Flávio Gikovate.
Juventude: A utopia da onipotência

- Para derrotar o medo, alguns jovens acreditam ser imunes a qualquer perigo. Vestem a couraça da onipotência e põem em risco seu futuro e sua vida. Até que um dia descobrem porque não são “imortais”.
A adolescência é uma fase extremamente difícil da vida. Talvez a mais difícil. Temos que nos comportar como adultos sem dispor de cacife para isso. Temos que ser fortes e independentes quando ainda nos sentimos inseguros e sem autonomia de vôo. Temos que mostrar autoconfiança sexual, mesmo sendo totalmente inexperientes. Temos que formar um juízo a nosso respeito – se possível positivo –, mas nos falta a vivência para aprofundar o autoconhecimento. Enfim, temos que ser ousados e corajosos, embora a cada passo surja o medo para nos inibir.
O que fazer? Frente a tantas incertezas, acabamos seguindo os modelos sugeridos pela própria cultura. Passamos a imitar nossos heróis, “travestindo-nos” de super-homens e de mulheres maravilha. Assim, encobrimos nossas dúvidas e inseguranças. Elas que sejam reprimidas e enviadas para o porão do inconsciente. Nós seremos os fortes e destemidos, para nós nada de errado ou ruim irá acontecer. Construímos uma imagem de perfeição, de criaturas especiais, particularmente abençoadas pelos deuses. Resultado: nos sentimos onipotentes e, a partir daí, não há coisa no mundo que possa nos aterrorizar, uma vez que estamos revestidos de proteções extraordinárias.
Este “estado de graça” irá perdurar por um tempo variável. É um período bastante complicado para as pessoas que convivem com o jovem, pois ele sabe tudo, faz tudo melhor, acha todo o mundo “alienado” e “burro”. Só ele é competente e sábio. No entanto, para o próprio jovem, a frase parece muito positiva. Ele, finalmente, se sente bem, forte, seguro e não tem medo de experimentar situações novas. Pode montar o cavalo mais selvagem com a certeza absoluta de que não cairá em hipótese alguma. Mais tarde, quando não for mais tão ousado e confiante, se lembrará dessa época da vida como a mais feliz. Afinal de contas, a sensação de euforia é sempre inesquecível.
Na verdade, ninguém teria nada contra a onipotência, se ela correspondesse à realidade. Porém, não é isso que os fatos nos ensinam. Sabemos que, entre os jovens, são exatamente os mais confiantes aqueles que se envolvem em todo tipo de acidentes graves, quando não fatais. São estes jovens que dirigem seus carros na estrada, durante a madrugada, com o “pé na tábua”. Não sentem medo porque “é óbvio que os pneus não irão estourar” e “é lógico que não irão adormecer ao volante”. São estes jovens que saem de uma festa e, alcoolizados, vão a toda a velocidade para a praia. Sua “imortalidade” só é desmentida por um acidente fatal. Aliás, para ser sincero, parece incrível que não ocorra um maior número de acidentes.
Alguns jovens, onipotentes e filhos diletos dos deuses, andam de motocicleta sem capacete. Desafiam a chuva e o asfalto molhado, depois de usar tóxicos ou ingerir álcool. Fazem curvas superperigosas. Não se intimidam porque “para eles nada de mal irá acontecer”. E morrem ou ficam paralíticos, interrompendo vidas que poderiam ser ricas e fascinantes. Estes mesmos jovens utilizam drogas em doses elevadas, porque se julgam imunes aos riscos da overdose e suas graves conseqüências. Chegam a compartilhar seringas, ao injetar tóxicos na veia, pois “é claro que não terão AIDS”. E, pela mesma razão, continuam a ter relações sexuais com parceiros desconhecidos, sem sequer tomar o cuidado de usar camisinha.
Aqueles que não morrem ou não ficam gravemente doentes, um dia acordam desse sonho em que flutuavam em “estado de graça”. Acordam porque lhes aconteceu algo: aquele acidente considerado impossível. Caíram do cavalo. Eles também são mortais! Então, tomam consciência de toda a insegurança e de toda a fragilidade que os levaram a construir a falsa armadura da onipotência. Ao se tornarem criaturas normais, sentem-se fracos. Antes era muito melhor. Sim, mas era tudo mentira. Agora, o mundo perdeu as cores vibrantes da fantasia. Vestiu os meios-tons da realidade. Eles não conseguiram domar o cavalo selvagem e foram derrubados no chão. Terão de aprender a cair e se levantar. Terão de aprender a respeitar mais os cavalos! Terão de saber que todas as doenças, todos os acidentes, todas as faltas de sorte poderão persegui-los. E – o que é mais importante – terão de enfrentar com serenidade a plena consciência de que são vulneráveis. Este é um dos ingredientes da maturidade: ter serenidade na viagem da vida, mesmo sabendo que tudo pode nos acontecer.

Texto publicado conforme autorização por escrito do Instituto de Psicoterapia de São Paulo.Todos os Direitos Reservados.
Foto.www.nena.com.br/Todos os Direitos Reservados.
LISON.F.R.C.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

NOSSAS QUALIDADES ATRAEM HOSTILIDADE



Nossas Qualidades Atraem Hostilidade
Autor:Dr.Flávio Gikovate.
Crescemos e nos formamos levando em consideração, basicamente, aquilo que ouvimos dos nossos pais e professores. Por influência deles, somos levados a concluir que é conveniente sermos pessoas boas, esforçadas, trabalhadoras e gentis com os nossos colegas, uma vez que este é o caminho para sermos aceitos e queridos por eles. Uma das mais desagradáveis surpresas que muitos de nós tiveram ao longo da adolescência reside no fato de que, exatamente por sermos portadores de tais qualidades, somos muito mais hostilizados que amados.
A idéia de que o acúmulo de virtudes despertará o amor das pessoas parece lógica, de modo que quase todos se esforçam nesta direção. Só não agem de modo legal aqueles que não conseguiram o desenvolvimento interior necessário para, por exemplo, controlar seus impulsos agressivos ou renunciar a determinados prazeres imediatos em favor de outros, maiores, colocados no futuro. Assim, ao longo da vida adulta convivem dois tipos de pessoas: aqueles que conseguiram vencer estes obstáculos interiores e se tornaram criaturas melhores, e outros que não foram capazes de ultrapassar estas primeiras e fundamentais dificuldades – e que se esforçam ao máximo para disfarçar suas fraquezas. Os primeiros são os que saíram vencedores no primeiro combate importante da vida, o de “domesticar” seus próprios impulsos destrutivos, e se transformaram em criaturas portadoras das propriedades humanas que somos unânimes em catalogar como virtudes.
O que acontece? Os perdedores se sentem incomodados e humilhados pelo fato de não possuírem igual capacidade de controle interior. Este dado é muito importante, pois indica que, independentemente do que digam, os perdedores sabem perfeitamente quais são as virtudes e as apreciam; não aderem a elas porque isto implica em um esforço que não são capazes de fazer. De todo modo, os perdedores – que adoram desfilar como “superiores” e indiferentes às questões de moral –, por se sentirem humilhados, também se sentem agredidos pela presença daquelas virtudes em uma outra pessoa que não neles próprios. Comparam-se com o virtuoso, consideram-se inferiores a eles, sentem-se por baixo, irritados com a presença daquelas virtudes que adorariam possuir. A vaidade dos perdedores fica ferida e eles, como têm pouca competência para controlar a agressividade, saem atirando pedras.
É claro que tais pedradas têm de ser sutis para que não denunciem todos os passos do mecanismo da inveja: reação agressiva derivada de suposta ofensa na vaidade daquele que se sentiu inferiorizado por não ter as virtudes que lhes provocaram a admiração. Sim, porque o invejoso admira muito o invejado; senão seria tudo totalmente sem sentido. Saber que o bandido inveja o mocinho é uma das razões da esperança que sempre tive no futuro da nossa espécie.
A agressividade sutil derivada da inveja nos derruba, entre outras razões, porque ela vem de pessoas que gostaríamos que nos amassem. Afinal de contas, nos esforçamos tanto para conseguir os bons resultados justamente para ter essa recompensa. É difícil para um filho perceber que suas qualidades despertam em seu pai emoções contraditórias: por um lado, a admiração se transforma em inveja, de modo que o pai se ressente da boa evolução do filho. O mesmo acontece entre mães e filhas, sendo inúmeras as exceções onde a admiração não dá origem à vertente invejosa.
As “agulhadas”, as indiretas e as observações depreciativas e inoportunas próprias da inveja existem de modo muito intenso entre irmãos (eternos rivais), entre marido e mulher, assim como em todas as outras relações sociais e profissionais. É praticamente impossível uma pessoa se destacar por virtudes ou competências especiais sem ser objeto da enorme carga negativa derivada da hostilidade invejosa. O mais grave é que não fomos educados para isso, de modo que nos surpreendemos e ficamos chocados ao observarmos esse resultado. A decepção é tal que muitos se desequilibram quando atingem algum tipo de destaque, condição na qual são levados a um estado de solidão – o oposto do que pretendiam. Uns se drogam e outros tratam de destruir rapidamente o que construíram, de modo a deixarem de ser objeto de inveja.
Tudo isso é, além de triste, inevitável, ao menos no estágio atual do nosso desenvolvimento emocional. Poderíamos ser ao menos alertados por uma educação mais sincera e sem ilusões. Toda ilusão trará uma desilusão! A maior parte das pessoas jamais imaginou, por exemplo, o volume de problemas e de decepções por que passam as moças mais belas, especialmente quando isso se associa a uma inteligência sofisticada e a uma formação moral requintada. São portadoras daquelas virtudes que mais aparecem e encantam a todos. São, por isso mesmo, objeto de uma hostilidade inesperada e enorme. Ficam totalmente encurraladas e quase nunca sabem como sair da situação a não ser destruindo algumas de suas propriedades.

Texto publicado conforme autorização por escrito do Instituto de Psicoterapia de São Paulo.

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terça-feira, 12 de agosto de 2008

A CRIANÇA E O SEGREDO


A criança e o segredo
Num bonde de Botafogo, Rio de Janeiro, conversam uma jovem senhora, mãe de uma menininha que a acompanha, e sua amiga.

As duas vão falando animadamente sobre assuntos diversos, e no meio delas, a criança se sente um tanto desnorteada.
Volta a cabeça de um lado para outro, ao mesmo tempo que sublinha cada frase com uma expressão de inteligência ou incompreensão.
Quando o assunto está em plena efervescência, a criança intervém com um aparte.
E daí em diante a conversa, passando de um lado para o outro, inevitavelmente pára, a uma objeção da pequena interlocutora.
A certa altura da conversa, a mamãe começa a ficar um tanto inquieta em relação às observações da menina.
Mais adiante, já aponta para a paisagem, a ver se ela se distrai. Mas a menina está muito interessada no assunto, e a amiga da mãe parece estar muito satisfeita com isso.
O bonde anda mais um pouco, enquanto a criança faz seu comentário pertinente.
Então, a mamãe sorri para a amiga, como quem diz Você sabe, é preciso calar a boca desta tagarela...; e pondo a mão em concha no ouvido da menina, diz qualquer coisa para a amiga, acompanhada de um olhar muito confidencial.
Como é? - a menina não entendeu bem.
E torna a mãe a repetir o segredinho, enquanto a mão enluvada diz que não, com o indicador autoritário e irritado.
Como conclusão do armistício, um beijinho rápido e inesperado nos caracoizinhos dourados enrolados na testa.
A amiga sorri, a mamãe sorri, e a menina olha para uma e para outra, meio desconfiada e desapontada, sem dizer mais nada.
A criança pode ter uns cinco anos.
Quando tiver mais dez a mamãe um dia lhe perguntará, entristecida: Mas, minha filha, que segredo é esse que você me esconde?
Já não se lembrará que ela mesma lhe ensinou a calar... Que dividiu a vida em duas partes: uma que se pode, outra que não se pode mostrar.
E a menina, que antigamente assistia aos exemplos de casa, está praticando, agora, aqueles exemplos...
Quem nos traz tais preocupações com a educação infantil é a ilustre poetisa brasileira, Cecília Meireles, em uma de suas muitas crônicas sobre educação.
A autora é muito feliz em apontar um costume muito comum nas famílias, e que gera conseqüências desastrosas, em muitas ocasiões.
Por vezes, sem perceber, pais e educadores ensinam os filhos a calar, a esconder sentimentos e a mentir.
Seus exemplos ensinam sempre mais do que qualquer retórica inflamada.
As crianças fitam a conduta dos pais, e se inspiram nela, já que são sempre seu primeiro e maior referencial.
Precisamos redobrar o cuidado, e manter com os filhos, desde tenra idade, uma relação franca, sem segredos e sem mistérios.
Explicar sempre a razão dos não e dos sim, que serão freqüentes e naturais, faz-se condição indispensável para construir uma boa relação de respeito e amizade.
O caminho do porque sim e pronto, ou do porque não e chega, é mais cômodo para os educadores, porém, é perda de oportunidade de educar com profundidade.
Cultivar o diálogo aberto e franco sempre, é cultivar o amor em sua expressão mais bela e luminosa.
Redação do Momento Espírita com base no cap. A criança e o segredo, do livro Crônicas de educação, de Cecília Meireles, ed. Nova fronteira.Em 12.08.2008.

Texto publicado conforme autorização por escrito do M.E.
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quinta-feira, 7 de agosto de 2008

PRIMEIRAS REFLEXÕES SOBRE A VAIDADE HUMANA


PRIMEIRAS REFLEXÕES SOBRE A VAIDADE HUMANA.
Autor: Dr. Flávio Gikovate.
Eu não pretendia escrever sobre este aspecto essencial do instinto sexual neste momento, mas alguns comentários a respeito do meu último texto (Alguns modos de ser das mulheres) me fez pensar sobre como a maior parte das pessoas continua a se deixar escravizar por este curioso ingrediente exibicionista. Exercemos o exibicionismo por todas as formas, desde a mais inofensiva, que é o de caráter físico até a mais perigosa, que corresponde ao exibicionismo intelectual. O exibicionismo intelectual é o mais grave, porque nossa razão deveria estar a serviço de nos ajudar a ver a realidade como ela é e também a nos posicionar de forma adequada diante dos fatos.
Nossa vaidade nos leva a desenvolver uma certa aversão aos fatos, especialmente aqueles que não combinam com o que gostaríamos que fossem os que efetivamente existem. Passamos a brigar contra a realidade e a substituí-la por nossas idéias. Num determinado momento, passamos a acreditar que nossas idéias correspondem aos fatos.
Não importa muito como achamos que o mundo e as pessoas deveriam ser. Temos que nos ater ao que é. Não importa acharmos que o amor é que deve nortear as relações entre as pessoas e que a sexualidade deveria estar acoplada ao encontro de parceiros compatíveis e legais. Isso é o que alguns pretendem, mas não é o que todos querem e nem mesmo o que se observa na prática da vida.
O fato real é que muitas pessoas usam a palavra amor para encobrir seus interesses pessoais. A começar pelos mais egoístas, aqueles que não amam e que querem mesmo é ser amados (é sempre bom lembrar que eles correspondem a 50% ou mais da população). Não dizem que não amam; dizem que “amam ao seu modo”. Se for verdade que existem modos diferentes de amar, pode ser que tenham razão. Muitas vezes, quando são abandonados, dizem que estão sofrendo muito, que estão muito arrependidos, que estão sentindo muita falta e que nunca pensavam que eram tão ligados sentimentalmente. Será isso verdade? Ou estão se colocando desta forma com o intuito de fazer forte chantagem sentimental? Estão sentindo falta do parceiro ou estão inconformados de terem “perdido a boquinha” (como ouvi certa vez de um paciente)?
E as moças que só têm relações sexuais em um contexto de compromisso sólido, são elas as mais amorosas? São as mais honestas ou são as que verdadeiramente sabem usar sua sensualidade para “prender” o homem? Não será verdade que a mulher mais honesta é aquela que não joga com seu poder sensual? Sendo assim, aquela que tem no sexo uma prática lúdica, que entende o sexo como uma simples troca de “cosquinhas” similar ao que acontece com as crianças e que tem relações com inúmeros amigos e mesmo parceiros ocasionais sem nenhuma pretensão de prender o homem por esta via, não será ela a mais honesta e pura? É pura a que se mantém virgem até o casamento ou a que não se incomoda de ter relações sexuais sem visar outro objetivo que não o dar e receber o prazer físico imediato?
Muitas questões e muito poucas respostas, a menos que se pretenda dar respostas prontas, aquelas que correspondem ao “politicamente correto” de hoje ou do passado. Os fatos são mais complicados do que as idéias. A palavra amor encobre muitas armadilhas e a mulher sexualmente livre pode ser a mais desprendida e a que joga menos. Mas nem sempre... A vida real é mais complexa do que isso e não pode ser decodificada de forma simples.
Da mesma forma, os homens: todos invejam o paquerador, aquele que consegue conquistar as mulheres com facilidade graças à boa aparência, ao carro de luxo ou à boa capacidade de iludir e contar mentiras românticas apenas com o intuito de levar para a cama uma moça menos esperta do que ele. É uma pena que seja assim, porque invejam o que há de pior, o homem que verdadeiramente se aproxima do mamífero incivilizado e que busca a intimidade com a fêmea a qualquer custo. Acontece que, depois que ejaculam, passam a ter o problema terrível de ver como é que farão para se livrarem daquela mulher que só interessava para aquele fim erótico e cuja conversa é, para eles, profundamente tediosa. Não vale a pena.
Os conquistadores assim bem sucedidos se exibem para os homens mais tímidos e recatados. Exercem sua vaidade se mostrando felizes e bem sucedidos. Levam uma vida chata e repetitiva, sempre vivenciando a primeira relação com uma mulher diferente; a verdade é que a primeira relação entre um homem e uma mulher é, como regra, a pior! Estão ambos um pouco inibidos (quando não bêbados) e exaustos. Aqueles que têm uma parceira fixa e que sempre têm relações com ela morrem de inveja dos que se exibem como garanhões e que só estão levando o que há de pior nas relações sexuais. Tudo vaidade...
A vaidade cega, subtrai o bom senso, nos afasta da realidade e do que é possível para nós. A vaidade nos afasta da reflexão útil e nos leva a querer ganhar discussões. Não é este o meu objetivo, como de resto nunca foi este o meu modo de me posicionar perante os problemas da psicologia. Acho que nós deveríamos nos voltar para os fatos e tentar interpretá-los de todas as formas possíveis. Mas os fatos e não aquilo que gostaríamos que eles fossem.
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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

MAIS UMA DAS CORES DA CARIDADE


MAIS UMA DAS CORES DA CARIDADE
A caridade possui muitas cores.
Similar a uma luz alva que passa
por um prisma, ao passar pela
polarização da vida na Terra,
ela se decompõe numa infinidade
de colorações belíssimas.
Eis mais uma delas.
Você já pensou em quanto é
bom fazer as pessoas se
sentirem importantes?
Certamente gostamos que os outros nos façam sentir assim.
Uma auto-estima elevada é capaz de nos fazer ganhar o Céu, mesmo estando ainda sofrendo a gravidade da Terra.
Um escritor narra uma experiência singular que viveu numa fila de correio:
Estava na fila, esperando para registrar uma carta.
Observava o funcionário de registro trabalhando, e o percebia fatigado com sua atividade intensa: pesando envelopes, entregando selos, dando troco, preenchendo recibos...
Assim, disse para mim mesmo: “Vou tentar fazer este rapaz gostar de mim.”
Obviamente, para conseguir, teria que dizer alguma coisa bonita, não sobre mim, mas sobre ele.
Perguntei-me novamente: “O que há sobre ele que eu possa admirar com sinceridade?”
Eis uma pergunta difícil de responder, principalmente quando se trata de estranhos. Mas, neste caso, foi fácil. Instantaneamente, vi algo que admirei.
Enquanto pesava meu envelope, observei com entusiasmo: “Certamente eu desejaria ter a sua cabeleira!”
Ele levantou a vista meio assustado, sua fisionomia irradiou sorrisos.
“Oh! Ela não está tão bem como já foi”, disse modestamente.
Assegurei-lhe que, embora pudesse haver perdido já certa quantidade de cabelos, mesmo assim continuava magnífica.
Ficou imensamente satisfeito. Demoramo-nos numa pequena e agradável conversa, e a última coisa que ele me disse foi: “Muitas pessoas têm admirado meus cabelos!”
Aposto que aquele rapaz saiu para almoçar andando à vontade. Aposto que, quando foi para casa, à noite, contou tudo à esposa. Aposto como se olhou no espelho e disse: “É uma bela cabeleira!”
Certa vez, ao narrar este caso em público, ouvi de uma pessoa: “O que queria o senhor conseguir dele??”
Ora, o que eu estava procurando conseguir dele!!!
Será que somos tão desprezivelmente egoístas, que não podemos irradiar uma pequena felicidade e ensejar uma parcela de apreciação sincera, sem procurar obter alguma coisa de outra pessoa como recompensa?
O autor termina dizendo: Oh, sim, eu queria alguma coisa daquele rapaz. Queria alguma coisa que não tinha preço. E consegui.
Consegui a satisfação de fazer alguma coisa por ele, sem que ele necessitasse fazer alguma coisa por mim como retribuição;
O que significa um sentimento que crescerá e ecoará na memória dele, mesmo muito tempo depois de passado o incidente.
Redação do Momento Espírita com base em trecho do cap. 6 do livro Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Carnegie, livro 2, ed. Companhia Editora Nacional.Em 05.08.2008.
Texto publicado conforme autorização por escrito do M.E.
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terça-feira, 5 de agosto de 2008

PARA REFLETIR X


Não acredite em algo simplesmente porque ouvio.
Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito
Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos.
Não acredite em algo só porque seus seus professores e mestres dizem que é verdade.
Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração a geração.
Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o."
Autor:Buda.
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segunda-feira, 4 de agosto de 2008

ALTRUÍSMO É DO BEM. GENEROSIDADE É DO MAL.


ALTRUÍSMO É DO BEM. GENEROSIDADE É DO MAL.
Autor:Dr. flávio Gikovate.
Penso cada vez mais na importância capital das definições rigorosas. Palavras usadas com duplo sentido, expressões que não são muito bem explicadas, tudo pode prestar enorme desserviço, contribuindo para aumentar a confusão que naturalmente existe quando tratamos de temas complexos e que têm a ver conosco mesmos. Isso sem falar daqueles que, de má-fé, gostam das palavras que têm mais de um sentido, pois elas se prestam muito bem a enganar os interlocutores.
Muitas vezes me perguntam o seguinte: quando uma pessoa age de forma egoísta nas relações domésticas, mas é muito generosa com os amigos e colegas de trabalho, como ela deve ser vista? Como essencialmente egoísta ou generosa? Respondo sempre que o que vale mesmo é a conduta íntima, dentro de casa. O generoso é o mais tolerante, mais dedicado e amoroso nas relações conjugais, com os pais e filhos, como as pessoas que moram ou trabalham com ele. Nem sempre é tão dedicado aos estranhos e, como regra, tem poucos amigos.
O egoísta é agressivo, cobrador e exigente nas suas relações íntimas, especialmente naquelas de caráter conjugal; espera receber mais do que dá e se revolta muito quando não é correspondido em suas expectativas. Em situações sociais, gosta muito de se comportar de forma generosa: é dedicado aos amigos (em geral muitos, com os quais o trato é um tanto superficial) e costuma ser muito prestativo quando alguém está doente e precisando de ajuda (talvez nestas condições possa exercer o papel generoso que tanto admira, além de não padecer de inveja daquele que está precisando tanto de ajuda).
Quando, há décadas, afirmava que a generosidade não é virtude e que ela está a serviço da vaidade, da dominação e de vitória no jogo de poder típico das relações íntimas, encontrava sempre grande oposição e revolta. A indignação era grande, já que crescemos dominados pela crença de que se trata de grande qualidade moral, sinal de força e desprendimento. Acho que só comecei a ser melhor entendido quando, tratando das relações afetivas mais íntimas, pude demonstrar que a generosidade e o egoísmo formam uma dupla em que um não é melhor do que o outro a não ser pelo fato do generoso ter como dar mais.
Se o egoísmo é do mal, então a generosidade também o é. Sim, porque um alimenta e reforça o outro: não pode existir o egoísta sem o generoso disposto a lhe prover. Se a generosidade acabasse, acabaria imediatamente o egoísmo! Ao mesmo tempo, o generoso precisa do egoísta, porque senão não terá sobre quem exercer sua superioridade. Não é possível pensar em uma virtude (que seria a generosidade) capaz de alimentar um vício (o egoísmo). Assim, só podemos pensar que ambos fazem parte da mesma categoria, os do mal.
Neste ponto da minha argumentação, ouço o comentário certeiro: mas toda ação dedicada ao outro é do mal? Não existem atitudes realmente desinteressadas, que não têm nada a ver com o desejo de dominar, diminuir a própria insegurança e alimentar a vaidade? Existem sim. Acho essencial afirmar que elas devem ser imediatamente distinguidas da “generosidade” social dos egoístas, pois estes aproveitam uma eventual condição de superioridade para exercer sua vaidade, ganhar admiradores indevidos e fazer propaganda enganosa de si mesmos.
Um ato genuíno de dedicação a terceiros deve, a meu ver, ser conhecido por outro nome que não aquele que usamos para a dedicação sincera e duvidosa dos generosos a seus entes queridos. Penso que o melhor aqui é chamar esta ação, genuinamente do bem, de altruísmo, que passaria a ser definido como a dedicação realmente desinteressada a pessoas, grupos ou instituições. O altruísmo implica, como regra, em atividades exercidas de forma anônima, direcionadas para pessoas que não conhecemos (ou com quem não temos contato social regular e nem segundas intenções) e que receberão nossa colaboração de uma maneira que não as humilha e que certamente será de grande valia para o seu cotidiano.
Altruísmo é o nome que define nossa participação em ações sociais de todo o tipo. Pode ser exercido por meio de doações de uma parcela dos nossos rendimentos, pode se dar por meio de trabalho voluntário em hospitais, comunidades carentes etc. Pode se exercer por meio da ação política realmente desinteressada e despojada de vaidade (como é raro!).
Na generosidade, muitas vezes a intenção é boa, mas os efeitos são nefastos: quando o pai, pretendendo agradar seu filho, dedica-se demais a ele, o protege para além do essencial, poderá causar um grande dano, enfraquecendo-o e tornando-o despreparado para enfrentar as adversidades da vida. A verdade é que temos de abandonar de vez a idéia de que as intenções valem alguma coisa. O que interessa mesmo é o efeito que elas irão provocar sobre os “beneficiários” de uma dada ação.
Quando pensamos no altruísmo, a intenção é boa e os efeitos são sempre positivos, já que não existe o risco do benefício determinar o enfraquecimento daquele que recebe (excluído, é claro, o caso de esmolas dadas a esmo e que, como regra, estão mesmo é a serviço de aplacar os sentimentos de culpa de quem dá). No altruísmo, aquele que recebe se beneficia e o uso positivo daquilo que recebe pode lhe ajudar a recuperar a saúde, a aprender mais ou recuperar uma vida digna de trabalho. Aquele que ajuda pode experimentar um grande prazer por ter dado algo de si, por ter sido realmente útil. Pode, com propriedade, experimentar o genuíno prazer de dar, já que não existe o risco de prejudicar aquele que recebe. Neste caso, e só nesse, cabe a máxima franciscana de que “é dando que se recebe”.
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sábado, 2 de agosto de 2008

NOSSO VERDADEIRO LUGAR


NOSSO VERDADEIRO LUGAR
Jesus era um educador de qualidades especiais.
Ele não perdia oportunidade alguma para o ensino.
Toda ação, palavra, feito que ocorresse onde Ele estivesse, era motivo de observações precisas.
Como nosso Modelo e Guia, tinha plena consciência de que a vida é dada ao homem para o seu progresso. E todos os momentos na vida são oportunidades de crescimento.
Narra o Evangelista Lucas que, em dia de sábado, entrou Jesus na casa de um fariseu. O nome do fariseu não é mencionado, no entanto, o Mestre fora ali convidado à refeição.
Quando adentrou o local, foi observado pelos que lá se encontravam.
Por sua vez, observou Jesus que os convidados escolhiam os primeiros lugares, em quase atropelo. Todos desejavam ficar o mais próximo possível do anfitrião.
Recordemos que, ao tempo do Cristo, as refeições não eram realizadas em torno de uma mesa.
Os convidados se acomodavam em poltronas, sofás que eram distribuídos pelo ambiente, em mais ou menos semicírculo.
As refeições eram tomadas com o convidado meio reclinado, apoiando a cabeça sobre o braço esquerdo e servindo-se com a mão direita.
Por isso, a grande disputa pelos lugares mais próximos ao dono da casa.
Talvez porque desejassem ser vistos por ele, porque isso lhes constituiria um ponto a mais no relacionamento interpessoal, o que poderia ter valor para negociações de futuro.
Talvez estivessem interessados em estar mais próximos para não perderem nenhuma das palavras que o anfitrião proferisse.
Assim, poderiam participar do diálogo, tanto quanto teriam possibilidades de tudo avaliar. E, possivelmente, formular críticas mais tarde, sobre esse ou aquele ponto.
Relanceando o olhar pela sala, Jesus tomou da palavra e propôs uma parábola, dizendo:
Quando fordes convidados para bodas, não tomeis o primeiro lugar, para que não suceda que, havendo entre os convidados uma pessoa mais considerada do que vós, aquele que vos haja convidado venha a dizer-vos:
“Dai o vosso lugar a este.”
E vos vejais constrangidos a ocupar, cheios de vergonha, o último lugar.
Quando fordes convidados, ide colocar-vos no último lugar, a fim de que, quando aquele que vos convidou chegar, vos diga:
“Meu amigo, venha mais para cima.” Isso será para vós um motivo de glória, diante de todos os que estiverem convosco à mesa.
Porquanto todo aquele que se eleva será rebaixado e todo aquele que se abaixa será elevado.
As palavras de Jesus eram, primeiramente, uma lição de etiqueta. Porque ninguém que seja convidado para um banquete, deve ir se assentando onde bem queira.
A etiqueta estabelece que se aguarde o direcionamento do mestre de cerimônias ou de quem às vezes lhe faça.
Era a exortação do Mestre, também, um ensino essencialmente voltado ao Espírito.
Somente quem abriga em si a humildade, cresce de forma autêntica, progredindo.
Não foi diversa a postura do Modelo e Guia da Humanidade que Se credenciou como o servidor de todos.
São Suas as palavras: Estou entre vós como aquele que serve.
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Pensemos nisso: se o Senhor das Estrelas, o Cristo, assim se posicionou, por que ainda nos magoamos tanto quando não recebemos as deferências dos homens?
Sirvamos sempre. Deus, que a tudo vê e tudo sabe, conhece exatamente o lugar onde precisamos estar.
Ele é a justiça suprema e nunca Se engana.
Pensemos nisso e vivamos melhor, menos preocupados com o olhar dos homens. E mais atentos ao que o Senhor da Vida tem a ofertar a cada um de nós.
Redação do Momento Espírita, com base no capítulo XIV, versículos 1 e 7 a 11 do Evangelho de Lucas.Em 30.07.2008.
Texto publicado conforme autorização por escrito do M.E.
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